O custo de produção de leite, medido pelo ILeite/Embrapa, registrou uma queda de 1,4% no mês de abril, frente ao crescimento de 1,0% em março. O primeiro quadrimestre do ano acumulou inflação de 3,2% nos custos de produção. Numa comparação entre março/2024 e março/2025, a inflação anual de custos atingiu dois dígitos e está acumulada em 10,8%.

Custo de alimentação explica a queda do custo de produção em abril

O mês de abriu registrou uma queda de -3,6% nos custos do grupo “Concentrado”. Contribuíram para este resultado a redução nos preços de ração para vacas, farelo de soja, fubá de milho e caroço de algodão. Também o custo de “Volumosos” registrou expressiva queda (-1,2%). Estes dois grupos correspondem ao peso de 61,2% no cálculo do ILeite/Embrapa.

Em sentido contrário, os insumos do grupo “Qualidade do leite” tiveram elevação de 5,5%, seguido por “Sanidade e reprodução” (+1,1%) e os grupos “Minerais” e “Energia e combustível”, com acréscimos respectivos de 0,9% e 0,4%. O custo da “Mão de obra” mostrou-se inalterado em abril. Os dados constam do Gráfico 1.

No primeiro quadrimestre de 2025, o custo de produção de leite (medido pelo ILeite/Embrapa) registrou expressiva elevação de 3,2%. O grupo “Minerais” registrou aumento de custos de 19,3%. Também com elevações expressivas, os grupos “Qualidade do leite” e “Mão de obra” registraram 7,1% e 6,1% de crescimento de custos, respectivamente. O grupo “Concentrado” teve variação de 2,9%, seguido de “Sanidade e reprodução”, com 2,2% e “Energia e combustível”, com crescimento de custos de 0,8%. Em sentido contrário, o grupo “Volumosos” registrou deflação de custos de -0,8% no primeiro quadrimestre do ano. Os dados constam do Gráfico 2.

No período de doze meses, a inflação do custo de produção de leite atingiu 10,8% em abril. Quatro dos sete grupos que compõem o Ileite/Embrapa registraram elevação de dois dígitos: “Minerais” (21,9%); “Volumosos” (11,9%); “Concentrado” (11,5%); e “Mão de obra” (10,0%). Com variação positiva, mas abaixo da inflação, ficaram os grupos “Energia e combustível” (7,5%), “Qualidade do leite” (4,2%) e “Sanidade e reprodução” (3,6%), conforme Gráfico 3.

O Gráfico 4 mostra a variação mensal do ILeite/Embrapa. Ao longo de 2024, fica evidente que ocorreu um processo contínuo de aceleração de custos na produção de leite. A cada mês, ficou mais caro produzir leite. Esta é uma tendência claramente consolidada. Acompanhe esta evolução no Gráfico 4, a seguir.

Fonte: Centro de Inteligência do Leite (CILeite/Embrapa)